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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Campo 19/06/2011

Saimos de Floripa 6h30
Chegamos na RPPN umas 8h30 e encontramos esta paisagem:

 MUITA neblina!! Tava lindo! Tem um morro aí na frente, atras de toda essa nevoa!
Tomamos café e pegamos os cavalos, o Carlos foi conosco.
Revisamos 4 armadilhas, uma delas pegou um cachorro do mato, numa foto muito boa.

Cachorro do mato (Cerdocyon thous)

Instalamos as armadilhas em novos pontos, como o projeto com iscas odoríferas acabou, vamos focar o tempo que temos em registrar novas espécies. Uma das armadilhas instalamos numa árvore, afim de registrar animais arborícolas.


Terminamos esta etapa do campo as 15h30 (bem tarde) e fomos almoçar. 16h voltamos pra campo pra revisar mais 3 maquinas do outro lado da RPPN.
Anoiteceu e ninguém tinha lanterna, instalamos a ultima armadilha no escuro, mas no fim deu tudo certo.
21h estavamos de volta ao lar, com muitas expectativas para o próximo campo.

Júlia

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Jaguatirica (Leopardus pardalis)

Também conhecida como gato maracajá (principalmente no norte do Brasil) a jaguatirica ocorre do oeste do México ao norte da Argentina, sendo registrada por todo Brasil exceto sul do Rio Grande do Sul. Sendo o maior dos pequeno felinos brasileiros, chega a pesar até 16,5kg e possui hábitos solitários e noturnos. 


Estudos recentes têm mostrado que esta espécie exerce uma grande influência nas populações de outras espécies de felinos de pequeno porte. Segundo a teoria denominada "Efeito pardalis" a jaguatirica seria um competidor dominante, diminuindo a densidade de outros felinos de pequeno porte. Nossos resultados vão de encontro com este efeito, já que registros de outras espécies de pequenos felinos são raros.


Em nossa área de estudo a jaguatirica é o mamífero mais fotografado (um total de 36 fotos). Já foram identificados 4 indivíduos diferentes. Graças ao padrão de pelagem único em cada animal, como uma impressão digital, é possivel fazer tal estimativa.


Este felino se alimenta principalmente de pequenos mamíferos (roedores e marsupiais), entretanto pode predar répteis, anfíbios e aves, além de mamíferos maiores. Seu período gestacional varia entre 70 e 85 dias, gerando até dois filhotes. A jaguatirica é uma espécie ameaçada de extinção e considerada "em perígo" no estado de Santa Catarina.

Campo 09/06/2011

Campo com altos e baixos!
Foi comigo a Daiane (Dai) que trabalha com aves e foi conhecer a RPPN.
Um funcionário da pousada foi conosco e foi a primeira vez que a Dai andava a cavalo.
Fizemos a primeira trilha, onde tinhamos 4 armadilhas, fomos até a terceira e lá a Dai resolveu deixar o cavalo (que tava meio encrenqueiro) e ir voltando apé, observando as aves com calma e no silêncio. Segui com o funcioário, revisamos a ultima armadilha, num ponto onde vimos rastro de puma (um bicho grande por sinal), porém nada de foto, a armadilha nao funcionou.
Voltamos pra revisar as outras duas do começo que deixamos pra volta. Revisamos a segunda, onde pegou um veado
Veado (Mazama nana)
Quando voltamos pra pegar os cavalos, o meu cavalo (Rosado) e o cavalo dele (Marimbondo) meio que se estranharam, o Marimbondo ficou agitado e acabou sobrando pro funcinário, que levou um coice na cabeça. Ficou todo ensanguentado, botou o casaco na cabeça pra estancar o sangue, foi um corte na cabeça apenas, mas poderia ter sido muito sério.
Depois disso tudo almoçamos, e a tarde o Carlos, proprietário da RPPN e pousada, nos levou de carro até um pedaço do caminho que dava pras duas ultimas trilhas.
Na ultima trilha tivemos um registro novo, um gato maracajá!!
 
Gato maracajá (Leopardus wiedii)
Depois de revisar a ultima armadilha, encontramos muitas pinhas de araucarias e começamos a catar os pinhões. O Carlos deu a ideia de fazermos uma sapecada lá mesmo, no meio da trilha, tinhamos tempo, muitas folhas secas de araucaria pelo chão, isqueiro e alcool gel.




Foi muito legal, matamos a fome e relaxamos depois de um campo meio ensanguentado, que se finalizou com o meu dedo cortado pingando sangue (canivete do mal) e com nosso transporte quase com o motor fundido no meio do caminho, hehe.

Dai, brigadão pela companhia!!

Júlia

domingo, 3 de abril de 2011

Campo 02/04/2011

Chegamos em Bom Retiro antes das 8h da manhã, tomamos um café e pegamos os cavalos.
O campo foi muito bom, o dia estava lindo, as armadilhas funcionando, e tivemos muitos registros legais!!
Um deles foi o da lebre europeia, um animal de origem europeia (como o próprio nome diz) que foi introduzido no Brasil e está competindo com o tapiti (espécie de lebre nativa daqui) por alimento e habitat.


Além disso registramos um puma adulto com um filhote. Esses dois foram registrados na mesma noite em duas trilhas diferentes, e verificamos pegadas correspondentes a eles em uma terceira trilha ainda. Isso pode nos dar uma noção da distancia que esse animal percorreu em um intervalo de pelo menos 3 horas, de acordo com os horarios registrados nas armadilhs fotográficas.


Fêmea com filhote


 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Descrição das espécies (Puma)

Tive pensando, e conversando com a Anas, e achamos que este blog pode ser mais que um simples meio de relato dos nossos campos, decidimos que poderia ser um meio de informação sobre as espécies que registramos. Desta forma, aqui faço o primeiro post dessa linha, e vou começar pelo nosso registro mais especial.

Puma (Puma concolor): Este animal pode ser conhecido por diversos nomes populares, como sussuarana, onça parda, leão baio e leão da montanha. É o felino de maior distribuição geográfica nas Américas, ocorrendo desde o Canadá até a Patagônia, ocorrendo em regiões nevadas, tropicais e áridas.

É o segundo maior felino brasileiro, perdendo apenas para a onça pintada, podendo pesar entre 22kg e 70kg. Sua dieta é composta basicamente por mamíferos de médio porte como porcos do mato (Tayassu pecari e  Pecary tajacu), veados (Mazama spp.), quati (Nasua nasua), capivara (Hidrocoerus hidrocaeris) e paca (Cuniculus paca).



Possui hábitos solitários, encontrando-se apenas em períodos reprodutivos. Cada fêmea pode gerar de 1 a 6 filhotes por gestação, que nascem com uma pelagem com manchas conspícuas, que desaparecem durante o crescimento entre o 6º e o 10º mês de vida.


Sendo um felino de grande porte, o puma precisa de grandes áreas para sobreviver. O avanço cada vez maior da urbanização reduz grandes extensões de matas nativas à pequenas ilhas no topo de morros, deixando esta espécie e muitas outras sem área suficiente para sobreviver. Outra questão é a falta de presas, muitos dos ítens alimentares do puma é alvo de caçadores, que acabam diminuindo e às vezes extinguindo algumas presas em determinadas regiões.
A redução do hábitat, juntamente com a escassez de alimento para o puma, acaba gerando situações como ataques a rebanhos domésticos. Por retaliação, muitos pumas acabam sendo mortos por fazendeiros.


Nosso apelo, como futuras estudiosas da vida silvestre, é a conservação da mesma. É tentar passar às pessoas o máximo de informação possível sobre esses animais extraordinários que dividem o planeta conosco, mais ainda, que dividem nosso estado conosco.

Até a próxima
Júlia

domingo, 20 de março de 2011

Campo 20/03/2011

Campo hoje com grandes estreias! Tivemos uma nova convidada, a Leandra que andou a cavalo pela primeira vez e ela e a Adri andaram de trator pela primeira vez também!
Durante a manhã fizemos o campo de trator
COM emoção


E a tarde fomos a cavalo.
Hoje tivemos boas fotos, poucas mas tivemos!
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
Essa jaguatirica foi flagrada cheirando nossa isca odorífera!

Veado (Mazama nana)

A chuva deu uma trégua e acho que vamos voltar ao normal com mais registros.

Até mais!
Júlia

domingo, 13 de março de 2011

Campo 2/03/2011

Post meio atrasado mas ta saindo, hehe.
Esse campo parecia que tava dando tudo certo! Armadilhas funcionando, tempo bom, cavalos colaborando. Fizemos 2/3 do campo em tempo recorde (a gente até tava acreditando que ia embora umas 16h30-17h). O Carlos nos acompanhou e nos ajudou bastante. Não tivemos muitas fotos (praticamente nenhuma pra falar a verdade), acredito eu devido a chuva, que não dá uma trégua..
No caminho encontramos uma jararaca linda tomando um solzinho num tronco de árvore.



Paramos para tirar umas fotos e prosseguimos. Eu e a Adri fizemos o resto do campo nós duas, e quando chegamos na última trilha a armadilha não tava funcionando. Ficamos um tempo lá pra tentar fazer ela funcionar, mas nao deu certo e só perdemos tempo. No final fomos embora no tempo normal, saímos do campo as 18h, almoçamos na pousada e nos mandamos pra Floripa.